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Há noites em que tudo conspira para não sermos felizes.

Já íamos para Turim sem 3 príncipes da bola (Enzo, Markovic, Salvio), e sem 2 escudeiros reais (Fejsa e Sílvio), e aos quinze minutos ainda ficamos mais frágeis, sem um jogador que já tinha amarelado dois sevilhanos, um por cada corrida que dera.

Jesus ainda insistiu com ele, mas via-se que Suleimani já não podia mais. 

Saiu e o Benfica passou a ficar ainda mais estranho, com Maxi na ala.

 

Na primeira parte, a equipa parecia perdida, excepto no fim, quando ainda teve duas hipóteses de marcar.

Depois, entrou em cena a dificuldade dos avançados, desinspirados na hora dos matadores.

Mas, foi mais uma ou duas vezes Beto que salvou os de Sevilha.

Se houve penalties ou não, não sei, ao vivo é difícil de ver, é tudo tão rápido, mas parece-me que o árbitro foi mais um elemento da conspiração.

E, por cada minuto que passava, o Sevilha sentia-se mais forte, pois sabia que nos penalties teria mais hipóteses.

Há equipas que já jogam com essa vantagem, e ontem foi um caso assim.

 

Portanto, a maldição começou a mexer com os jogadores, e com o público do Benfica, e quando fomos para os penalties, os de Sevilha já faziam a festa antes deles serem marcados, e os da Luz pareciam calados, amedrontados.

O receio cola-se e espalha-se como um vírus, e das bancadas chegou à relva.

E tudo acabou mais uma vez sem glória, porque não fomos capazes de marcar um golo, nem mostrar força mental suficiente para vencer as contrariedades.

Um dia, a maldição de Bela Guttman irá terminar, mas para que esse dia chegue é fundamental uma força tremenda, quase sobre-humana, para ultrapassar esse medo profundo que existe no coração dos benfiquistas.

Talvez essa maldição só acabe quando alguém que eu conheço bem for presidente do Benfica.

publicado às 15:13


1 comentário

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De Francisco Gonçalves a 19.05.2014 às 15:53

Jovem,
Não embarque nas modernices que os nossos jornalistas e afins, como parece ser o seu caso, criam. A maldição de Bella Guttmann não tem nada a ver com competições menores, como é o caso da Liga da 2ª Divisão da Europa.
Aquilo a que a rapaziada da coletividade de Carnide chama “maldição de Guttmann ” e que resulta da fúria que o mestre húngaro sentiu, quando a direção da agremiação recreativa e cultural se recusou a dar-lhe a remuneração que ele julgava justa, não contemplava troféus que distinguem as melhores equipas da 2ª divisão da Europa.
Ou o jovem acha verosímil que um treinador bicampeão europeu se refira a um título menor, quando pretende despejar a sua indignação, face a quem não lhe reconheceu a façanha dos dois títulos consecutivos?

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Sobre o autor

Domingos Amaral é professor de Economia dos Desportos (Sports Economics) na Universidade Católica Portuguesa. É também jornalista e escritor e tem o blog O Diário de Domingos Amaral.

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