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Domingos Amaral
Segundo um estudo CIES (Centre International des Etudes Sportifs), um observatório suíço muito credível, que trabalha com a FIFA, o FC Porto é o terceiro clube que mais dinheiro realizou com vendas de jogadores para as 5 principais ligas europeias.
Se contarmos apenas com as transferências para Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e França (o que significa que ficam de fora a Rússia, a Turquia e a Ucrânia, que nos últimos anos também foram bons mercados compradores de jogadores), o FC Porto realizou 282,7 milhões de euros em transferências para os 5 mercados principais.
O resultado é excelente, e acredito que, se fossem também contabilizadas as vendas para a Rússia, (Hulk, Bruno Alves), provavelmente o FC Porto estaria em primeiro lugar.
Na lista do CIES, que diz respeito aos últimos 8 anos, o FC Porto só fica atrás do Tottenham, que vendeu 322,1 milhões de euros de jogadores; e do Real Madrid, que vendeu 303,7 milhões de euros em jogadores.
Em quarto está o Liverpool, com 239,8 milhões de vendas, e depois seguem-se 3 clubes italianos: AC Milan, com 229,5 milhões; Inter, com 224,9 milhões e a Udinese, com 220 milhões de euros de vendas de jogadores.
Mais lá para baixo na lista, em 16º lugar, está o Benfica, com vendas de 174 milhões de euros, mas também aqui se contabilizassemos a Rússia (Witsel), provavelmente o Benfica poderia estar no top 10.
Seja como for, o que estes resultados demonstram, no caso dos clubes portugueses, é que o modelo "import-win-export", levado à prática sobretudo pelo FC Porto, é um modelo de negócio excelente.
O que o FC Porto fez, nos últimos 20 anos, foi conseguir encontrar "talentos" por esse mundo fora, do Brasil ao Japão, passando pela Colômbia ou pela Sérvia; e comprá-los por um bom preço.
"Importar barato" foi o primeiro segredo do FC Porto, e é assim que o modelo de negócio se inicia.
Depois, o que o FC Porto faz é pagar bons salários (os mais elevados em Portugal quase todos os anos) e gerar equipas muito competitivas, capazes de vencerem em Portugal e mesmo na Europa.
Em 20 anos, foram 14 títulos nacionais; e mais 3 títulos europeus, incluindo uma Champions.
Essa competitividade da equipa valoriza os jogadores, que depois de 2 ou 3 anos no clube são vendidos, com uma choruda mais-valia.
Importar, vencer, exportar; "import-win-export", é esse o modelo de negócio do FC Porto, e tem sido muito bem sucedido.
Os outros clubes não têm sido tão bem sucedidos, sobretudo na parte do meio.
Ao longo dos anos, Benfica, Sporting, e mesmo os clubes mais pequenos, muitas vezes conseguem vender jogadores bem vendidos, mas dificilmente conseguem ganhar títulos.
O Benfica, por exemplo, já vende muito bem, como o estudo do CIES revela.
Porém, nem sempre compra bem, gastando dinheiro a mais, e nem sempre compreende que precisa de pagar salários altos, para conseguir vencer.
Este ano, tal como em 2010, o Benfica parece finalmente ter percebido como funciona o modelo "import-win-export", e talvez por isso está à frente do FC Porto no campeonato.
E também é verdade que o FC Porto cometeu alguns erros, seja na escolha de jogadores, seja de treinadores, que não são habituais.
Mas, ter cometido erros num ano não significa que se entrou em decadência.
O FC Porto teve um modelo muito bem sucedido muitos anos, e pode perfeitamente recuperar na próxima época.
Lá por fora, a janela de transferências deste Janeiro não foi propriamente empolgante.
Não houve grandes transferências e a única que mereceu grande destaque foi a de Mata, do Chelsea para o United.
Quanto ao resto, a animação foi muito dada pelo Benfica, que vendeu três jogadores, conseguindo um total de 70 milhões de euros.
Foi um excelente aproveitamento de mercado, por várias razões.
Em primeiro lugar, era sabido que Matic queria mesmo ir para o Chelsea, onde regressa pela porta grande, e não valia a pena tentar mantê-lo cá contrariado.
O preço, 25 milhões de euros, foi bom e era por esse valor, ou semelhante, que ele estava avaliado nos sites da especialidade.
É claro que a equipa fica menos forte, e que o valor do plantel diminui, mas parece-me que não havia outra solução que não a venda, e que existem substitutos para o lugar, talvez não tão bons, mas suficientes para o Benfica não se ressentir em campo.
Além disso, o Benfica conseguiu a proeza de vender muito bem Rodrigo, a um fundo de investimento, conseguindo que ele fique a jogar no clube até ao final da época. São 30 milhões de euros, sem perda do jogador já, o que é excelente, pois entra dinheiro e não há perda de eficiência na equipa.
O negócio é por valores muito elevados, que ainda podem crescer mais 10 milhões se na próxima época Rodrigo atingir certos objectivos, e há que dar os parabéns à gestão do Benfica por um negócio destes, por um valor muito superior ao que Rodrigo está avaliado nos sites da especialidade.
No transfermarket.com, por exemplo, não vale mais de 10 milhões, e portanto vendê-lo por 30 só pode ser fantástico.
O mesmo se passa com André Gomes, vendido por 15 milhões ao mesmo fundo, e que também continuará na Luz até ao final da época.
O valor é bom, embora eu tenha pena, pois gostava de ver André Gomes titular na Luz durante um ou dois anos, o que já não acontecerá.
Para já é isto que há a dizer, embora ainda não se saiba se Garay sairá ou não para a Rússia, cujo mercado só fecha no final de Fevereiro.
Faz sentido vender tanta gente em Janeiro?
O Benfica, disse-o Luís Filipe Vieira, tinha feito a opção arriscada de não vender ninguém em Agosto, para tentar um brilharete na Liga dos Campeões, cuja final se joga este ano na Luz.
Contudo, isso não aconteceu. O Benfica ficou um pouco aquém das expectativas, e acabou por cair para a Liga Europa. Por isso, em Janeiro havia mesmo que vender.
A virtude destas vendas foi que a equipa enfraquece apenas ligeiramente, enquanto se as vendas tivessem sido em Agosto, provavelmente o Benfica precisava de se ter reforçado mais.
Assim, podemos dizer que o modelo "import-win-export" do Benfica, que tinha sido suspenso em Agosto, funcionou muito bem em Janeiro.
E como foi o mercado para o FC Porto?
Apesar das excitações de última hora, com avião para em Pedras Rubras e tudo, a verdade é que ninguém saiu.
O FC Porto optou por não vender os seus activos mais valiosos (Mangala, Jackson, Fernando), na esperança de continuar a lutar pelas competições onde ainda está envolvido.
O único reforço foi Quaresma, que tem talento mas não parece chegar para inverter o estado semi-depressivo que se começa a instalar no Dragão.
Houve também a saída importantíssima de Lucho, que enfraquece o meio-campo; a estranha resolução do caso Izamailov (que ressuscitou de repente); e há a dúvida sobre Fernando, que ainda não renovou contrato, e veremos o que se passa nos próximos tempos, pois se ele não renova poderá dar-se um imbróglio, uma vez que a tradição no Dragão é encostar à boxe quem não renova...
Embora ainda não se saiba o que se vai passar com Otamendi, que pode sair para Rússia, a verdade é que em Janeiro o FC Porto não conseguiu inverter as expectativas, e a equipa não saiu reforçada.
A derrota contra o Marítimo ainda vinca mais essa sensação, consolidando a ideia que este é um ano perdido, de transição e renovação, onde muitas situações parecem mal geridas.
Por fim, vamos ao Sporting.
Não houve saídas importantes, o que é bom, e houve vários reforços, o que também é importante para o clube.
Elias esteve com um pé fora, mas acabou por ficar. Se jogar, é uma mais-valia, pois é um excelente jogador.
Heldon foi bem comprado, e é um bom jogador, que marca muitos golos. Veremos é se tem arcaboiço para jogar no grande.
Quanto a Shikabala, parece-me uma aposta arriscada, com um ego muito exagerado, e que não é certo que se integre no estilo de Alvalade.
Seja como for, o Sporting reforçou-se bem, e pode aspirar a manter-se na corrida do título, sobretudo porque apenas lhe faltam 13 jogos para o final da época, embora possam ser 15 de ficar na Taça da Liga.
São poucos jogos, Benfica e FC Porto terão bem mais, e isso pode ajudar o Sporting a estar mais fresco a partir de Março, quando se entrar na recta final.
A demissão de Sandro Rossel da presidência do Barcelona pode vir a mudar significativamente o mercado de transferências de jogadores de futebol.
Logo que Neymar chegou ao clube da Catalunha, muitos estranharam o baixo valor oficial da compra, cerca de 56 milhões de euros.
Neymar é um enorme talento, e não parecia possível que Bale valesse 90 milhões e o brasileiro apenas 56.
Nas semanas seguintes, a especulação manteve-se, e começaram a surgir notícias de que o salário oficial do jogador não era o divulgado.
A imprensa tinha dito que ele iria ganhar 7 milhões por ano, mas depois descobriu-se que existia um contrato paralelo, com uma empresa do pai do jogador e do próprio, de mais 8 milhões por ano, o que elevava o salário real para os 15 milhões.
A especulação continuou, e Rossel não a conseguiu travar.
A notícia seguinte foi ainda mais grave: o Santos recebera pouco, havia mais algumas comissões, mas a verdadeira bomba surgiu quando se soube que o Barcelona teria pago um valor extra de 35 milhões de euros à empresa de pai e filho, o que fazia o custo total da transferência subir para os tais 90 milhões.
O problema foi que isso não foi declarado no Transfer Matching System da FIFA, e terá mesmo obrigado Rossel a assinar contratos falsos, com valores fictícios e coisas assim.
Mal um sócio do Barcelona colocou a questão em tribunal, percebeu-se que Rossel estava em apuros, e ontem tomou voluntariamente a decisão de se demitir, passando a pasta ao seu actual vice.
Se Rossel cometeu ou não um crime, se verá no processo que se irá seguir, mas do ponto de vista desportivo, o caso é mais um que cheira a esturro, e que demonstra que os negócios de transferências têm de ser mais transparentes, para que não existam alçapões escondidos por onde circula muito dinheiro duvidoso.
Aliás, a FIFA já ontem declarou que pondera introduzir novas regras nas transferências, obrigando todo o dinheiro de qualquer negócio a ser depositado primeiro numa instituição bancária, para melhor ser controlado.
É uma das muitas hipóteses que se podem discutir, tal como a intervenção de empresas de terceiros, que não sejam clubes, nestes negócios.
As chamadas TPO (Third Parties Others), que são empresas cujos titulares muitas vezes não são conhecidos, intervêm muito, sobretudo na América Latina e na Europa do Sul, e a FIFA já avisou que provavelmente as vai proibir.
É evidente que, casos como o de Neymar, não dão saúde nenhuma ao fabuloso mercado de transferências, mas também é preciso ter cuidado para não matar o negócio.
Transparência precisa-se, mas com bom senso, pois o futebol não seria o mesmo sem as fabulosas transações que se conseguem fazer.
Costuma dizer-se que os Estados Unidos da América são um país muito mais liberal do que a Europa.
Pode ser verdade em muitas áreas da economia, mas no desporto não é.
Os mercados de trabalho das grandes ligas desportivas americanas (NFL, NBA, MLB, NHL, MLS) são muito regulamentados e os jogadores não mudam de clube com facilidade.
Praticamente não existe "mercado de transferências", há muito poucas no basquetebol ou no futebol americano.
Mudar de clube é muito difícil, e os contratos são blindados, protegendo mais os clubes do que os jogadores.
Além disso, existem "tectos salariais" para evitar o crescimento estratoesférico dos salários.
A NFL, a liga mais bem gerida do mundo e a que mais lucro dá, limita muito a mobilidade dos jogadores, e tem um sistema de contratos complexo, distinguindo os jogadores conforme o número de anos que já jogaram.
Todas estas regras visam impedir a explosão dos custos salariais nos clubes, e talvez por isso os clubes desportivos americanos, em quase todas as ligas, são muito mais rentáteis e luvrativos do que os clubes de futebol.
Há limites aos custos mais rigorosos e isso impede o endividamento permanente.
Contudo, não é assim no mundo do futebol.
A liberdade quase total de movimentos é a norma da FIFA.
A mobilidade dos jogadores é enorme, bem como o seu poder, e o dos seus empresários.
Também existem muitos empresários na América, mas as regras são diferentes.
A roda viva planetária em que se transformou o mercado dos jogadores de futebol raia a loucura, e os principais prejudicados são os clubes.
Os salários dos jogadores estão quase sempre a subir, e no topo da qualidade atingem valores absolutamente espantosos.
Eto´o é o mais pago, a 20 milhões de euros por ano, o que é um absurdo, pois nem sequer é dos melhores do mundo.
Esta espiral de subida dos custos é a principal responsável pelo endividamento colossal da maior parte dos clubes de futebol.
Seja em Inglaterra, em Espanha, Itália ou Portugal, os clubes endividaram-se para poderem competir, mas quem tem ganho mais são jogadores e empresários.
A facilidade legal com que os jogadores mudam de clube, a lei das transferências, as janelas do mercado, tudo conspira contra os clubes.
Os contratos, mesmo quando são recentes, não garantem quase nada, e os jogadores podem "forçar a saída".
Este Verão tem sido pródigo em "casos" em Portugal.
No Benfica, além do melodrama de Cardozo, houve também o "desaparecimento" de Oblak, que tinha contrato; as opacidades da venda de Roberto; ou o estranho caso de Pizzi.
No Sporting, há o "caso Bruma" e há também o "caso Labyad", e ainda outros menores.
Nem o FC Porto está imune a estas coisas.
Atsu foi relegado para a equipa B, alegadamente por ter ameaçado assinar pelo Benfica.
Rolando, depois de um ano numa obscuridade forçada, saiu finalmente, dizendo cobras e lagartos dos dirigentes azuis.
E há ainda Jackson Martinez, que fez apenas uma época, reconheça-se que de muita qualidade, e agora já ameaça em declarações públicas o clube, estabelecendo as suas condições:"ou renovo ou saio".
O enquadramento legal demasiado solto e permissivo, e demasidado favorável aos jogadores, aliado ao funcionamento quase selvagem do mundo do dinheiro, criam tremendos problemas às equipas, e sobretudo aos treinadores.
Com quem podem contar Paulo Fonseca, Jorge Jesus ou Leonardo Jardim?
Até aos primeiros dias de Setembro, os clubes estão vulneráveis, o planeamento é difícil de estabilizar, e a cabeça dos jogadores continua desfocada.
Eles pensam em dinheiro, em melhorar a vida, e isso é compreensível.
Mas, os prejudicados com esta rotação imparável de jogadores são sobretudo os clubes.
É também por isso que o endividamento é tão elevado.
Gerir um clube nestas condições de mercado é muito complicado. Na América é mais fácil, porque a América não é tão liberal no desporto.
Na semana passada, a imprensa desportiva referia que Luís Filipe Vieira teria estabelecido uma meta: 75 milhões de vendas de jogadores até ao fecho do mercado, em inícios de Setembro.
Será isso possível, com os jogadores que o Benfica tem? E faz sentido colocar um objectivo assim tão definido, um número mágico?
A mim parece-me um erro colocar um objectivo tão minucioso e tão alto.
É que essa entidade tão vasta chamada "mercado" não é controlável por ninguém, e os seus caprichos são imprevisíveis e flutuantes.
Ninguém sabe bem o que o "mercado" pode querer até inícios de Setembro, e colocar a fasquia nos 75 milhões pode ser um pau de dois bicos.
Se o Benfica não chegar a esse valor em vendas, lá virão os críticos de Vieira dizer que ele foi demasiado ambicioso e guloso, e que agora terá de lamber as feridas, ficando mais uma vez atrás do rival FC Porto, que temos de recordar já realizou esse valor com as vendas de Moutinho e James Rodriguez.
Mas, e se acontecer?
Os que defendem essa possibilidade recordam o Agosto de 2012. Até dia 20 e tal de Agosto, o clube não tinha vendido ninguém com relevância.
Depois, em pouco mais de uma semana, vendeu Javi Garcia para o City, por 20 e tal milhões, e Witsel para o Zenit, por 40 milhões.
Se o ano passado se conseguiram 60 e tal milhões em menos de quinze dias, porque não este ano?
E quem poderão ser os jogadores que, somando os seus valores de vendas, cheguem a 75 milhões?
A imprensa desportiva falava em cinco jogadores: Matic, Salvio, Garay, Gaitan e Cardozo.
Analisemos primeiro aqueles cuja saída não seria muito danosa para a qualidade da equipa.
Garay, por exemplo, pode valer 20 milhões, mas há notícias de que o Manchester United queria dar apenas 15 a pronto, pagando o resto ao longo de vários anos.
Aqui, o Benfica pode realizar entre 15 a 20 milhões, mas metade será sempre para o Real Madrid, e portanto não deve ir às contas da Luz.
Quanto a Cardozo, já se viu que os 15 milhões são difíceis, mas talvez 12 sejam possíveis.
Resta Gaitan, que nos sites que avaliam os jogadores não passa dos 15 milhões. Vendê-lo por 20 seria pois um excelente negócio, embora se trate de um jogador que não faz claramente a diferença, nem marca muitos golos.
Em resumo, e sem grandes danos para a qualidade da equipa, o Benfica pode realizar, numa estimativa muito benéfica, no máximo 45 milhões com estes jogadores (10 por metade do passe de Garay, 20 por Gaitan e 15 por Cardozo).
Ou, numa estimativa mais sensata, 35 milhões de euros (7,5 por Garay, 15 por Gaitan e 12,5 por Cardozo).
Agora, se vender ou Matic ou Salvio, os valores poderão subir consideravelmente.
Salvio poderá valer entre 25 e 30 milhões, é um excelente extremo, jovem, que marca muitos golos por ano.
Matic ainda poderá ter um potencial maior. É um grande médio, fez uma época fantástica, e também marca golos.
Embora nos sites de avaliação de jogadores o seu valor não chegue aos 25 milhões, é possível que bem negociado vá até aos 35 ou 40 milhões, sobretudo se os compradores forem clubes milionários a contruir ainda equipas, como o PSG ou o Mónaco.
É pois perfeitamente admissível atingir um valor de 75 milhões, ou até mais, se todos os cinco jogadores forem vendidos.
Mas, e esse é o ponto, alguém acredita que o Benfica vai vender 5 jogadores destes na mesma época?
E como ficaria Jorge Jesus, que perderia de uma assentada 5 titulares da equipa?
Parece-me que, mais do que definir um objectivo mágico para o total de milhões que se obtém em vendas, Vieira se deve preocupar em vender bem quem já tem substituto à altura.
São os casos de Garay (há Lisandro), Cardozo (há Lima, Rodrigo e talvez Funes Mori), e Gaitan (há Markovic, Ola John, Suleimani).
Depois, é escolher um dos outros dois: ou Salvio, e perde-se força no ataque, ou Matic, e perde-se no meio-campo.
Vender os cinco ao mesmo tempo é que me parece demais.
É certo que, nos escombros da venda de Javi e Witsel, Jesus construiu uma equipa que foi muito longe e chegou a ser brilhante na época passada.
Mas, fazê-lo de novo sem Matic, Salvio ou Cardozo, é muito difícil. Seria mesmo um milagre...