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Domingos Amaral
Das oito equipas que estão nos quartos-de-final da Champions, vão passar à meia-final as mais ricas?
O valor do plantel e a despesa salarial das equipas fará uma seleção natural, colocando à frente as mais abastadas?
A resposta é: nem sempre!
Vejamos como estão os quartos-de-final depois da primeira mão.
O Barcelona empatou em casa com o Atlético de Madrid (1-1).
O valor do plantel do Barcelona é de 600 milhões de euros, enquanto o do Atlético é de 256,1 milhões de euros.
A despesa salarial do Barcelona é de 220 milhões de euros, enquanto o Atlético gasta em salários pouco mais de metade desse valor, 120 milhões de euros.
Em receitas, e segundo o último relatório da Deloitte, o Barcelona é o 2º clube que mais receitas gerou em 2012/2013, atingindo um valor de 482,6 milhões de euros, enquanto o Atlético está em 20º lugar dessa lista, com apenas 120 milhões de euros de receitas.
O salário do treinador também revela importantes diferenças.
Gerardo Martino ganha cerca de 5,4 milhões de euros, enquanto Diego Simeone se fica pelos 2,5 milhões de euros.
O Barcelona tem 2 jogadores no top ten dos maiores salários do mundo, Messi e Neymar, enquanto o Atlético não tem nenhum jogador nesse top.
Na lista dos 100 jogadores mais valiosos, existem apenas 3 do Atlético de Madrid (Diego Costa, Courtois e Arda Turan), mas existem 9 do Barcelona (Messi, Neymar, Iniesta, Busquets, Fabregas, Piqué, Alexis Sanchez, Jordi Alba e Dani Alves).
Perante estes dados, o que podemos dizer é que o Atlético de Madrid está a surpreender, o seu valor desportivo está a sobrepor-se ao valor económico do Barcelona.
Passemos ao Paris Saint-Germain e ao Chelsea.
Na primeira mão, ficou 3-1 em Paris.
O valor do plantel do Chelsea é de 451 milhões de euros, enquanto o do PSG está nos 363,7 milhões de euros.
A despesa salarial do Chelsea anda pelos 210 milhões de euros, enquanto a do PSG se fica pelos 170 milhões.
Em receitas, a situação inverte-se, o PSG chega aos 398,8 milhões de euros gerados em receitas com bilheteira, direitos televisivos e patrocinadores, enquanto o Chelsea se fica pelos 303,4 milhões de euros.
Mas, no salário do treinador, o Chelsea regressa à vantagem. Mourinho ganha 10,3 milhões de euros, enquanto Blanc se fica pelos 3 milhões.
Quanto a jogadores no top ten dos salários, o único presente é Ibrahimovic, do PSG, que ganha 14,5 milhões por ano, mas atenção porque ele se lesionou e não irá jogar a segunda mão.
Se por fim olharmos para a lista dos 100 mais valiosos, vemos que por lá existem 7 jogadores do PSG (Cavani, Thiago Silva, Lucas Moura, Pastore, Lavezzi, Marquinhos e Verrati) e do Chelsea contam-se apenas 6 (Schurle, David Luiz, Ramires, Oscar, William e Hazard).
Portanto, esta é uma eliminatória onde se previa mais equilíbrio, embora o valor económico seja favorável ao Chelsea.
Mas, o PSG conseguiu adiantar-se e fez um resultado muito bom na primeira mão, acima do que se esperava.
Para já, o valor desportivo do PSG está a sobrepor-se ao maior valor económico do Chelsea.
No embate entre Real Madrid e Borussia Dortmund, as coisas são bem mais previsíveis.
Em Madrid, o resultado foi 3-0, e poucos acreditam que na Alemanha o Borussia consiga virar o assunto.
É um resultado esperado, pois há diferenças muito consideráveis entre as duas equipas.
O Real Madrid é o 2º plantel mais valiosos do mundo, só atrás do Barça, e vale 575,3 milhões de euros, enquanto o Dortmund se fica pelo 11º lugar nessa lista, valendo apenas 308,7 milhões.
Quanto à despesa salarial, a do Real chega aos 215 milhões, enquanto a do Dortmund se fica pelos 65 milhões de euros.
Em receitas totais, a diferença é também muito acentuada: o Real gera 518 milhões, o Borussia apenas 256 milhões de euros.
O salário do treinador também é diferente: Carlo Ancelotti é o 6º mais bem pago do mundo, ganhando 7,5 milhões, enquanto Klopp é o 9º mais bem pago, com um vencimento de 4,3 milhões de euros.
Quanto a jogadores, em campo só haverá um que está no top ten dos mais bem pagos, Cristiano Ronaldo.
Mas, se olharmos para o valor individual de mercado dos jogadores, vemos que a diferença é colossal.
O Real tem 10 jogdores na lista dos 100 mais valiosos (Ronaldo, Bale, Isco, Di Maria, Benzema, Modric, Marcelo, Ramos, Ilaramendi e Varane), enquanto que o Dortmund só tem 5 jogadores (Hummels, Mkhltaryan, Gundogan, Reus e Lewandowski).
Portanto, ninguém ficará surpreendido se o Real seguir em frente, pois tem maior valor desportivo e económico.
Por fim, o embate de gigantes entre Manchester United e Bayern de Munique.
Em Inglaterra, ficou 1-1, mas a surpresa terá sido o bom jogo que fez o United, pois a balança económica está claramente desequilibrada para o lado dos alemães.
O plantel do Bayern é o terceiro mais valioso do mundo, vale 493,2 milhões de euros; enquanto o do Manchester United é apenas o 6º da lista, com um valor de 394,1 milhões de euros.
Quanto à despesa salarial, a diferença é curta. Bayern gasta 200 milhões em salários, o United gasta 198 milhões.
E em receitas totais, também não se mostra grande desequilíbrio. O Bayern gera 431 milhões, o United gera 423 milhões.
Mas, no que toca ao salário do treinador, abre-se um grande fosso. David Moyes ganha 5,9 milhões por ano, enquanto Guardiola é o mais bem pago do mundo, nos 17 milhões!
Em valor individual de mercado de jogadores, temos que o Bayern tem 12 jogadores no top 100 (Goetze, Muller, Schweinsenteiger, Martinez, Ribery, Kroos, Alaba, Neuer, Lahm, Thiago Alcântara, Mandzukic e Robben) e o United tem apenas 3 (Mata, Rooney, Van Persie).
Em conclusão, será uma enorme surpresa se o Bayern não seguir em frente, pois tem maior valor económico e desportivo.
A demissão de Sandro Rossel da presidência do Barcelona pode vir a mudar significativamente o mercado de transferências de jogadores de futebol.
Logo que Neymar chegou ao clube da Catalunha, muitos estranharam o baixo valor oficial da compra, cerca de 56 milhões de euros.
Neymar é um enorme talento, e não parecia possível que Bale valesse 90 milhões e o brasileiro apenas 56.
Nas semanas seguintes, a especulação manteve-se, e começaram a surgir notícias de que o salário oficial do jogador não era o divulgado.
A imprensa tinha dito que ele iria ganhar 7 milhões por ano, mas depois descobriu-se que existia um contrato paralelo, com uma empresa do pai do jogador e do próprio, de mais 8 milhões por ano, o que elevava o salário real para os 15 milhões.
A especulação continuou, e Rossel não a conseguiu travar.
A notícia seguinte foi ainda mais grave: o Santos recebera pouco, havia mais algumas comissões, mas a verdadeira bomba surgiu quando se soube que o Barcelona teria pago um valor extra de 35 milhões de euros à empresa de pai e filho, o que fazia o custo total da transferência subir para os tais 90 milhões.
O problema foi que isso não foi declarado no Transfer Matching System da FIFA, e terá mesmo obrigado Rossel a assinar contratos falsos, com valores fictícios e coisas assim.
Mal um sócio do Barcelona colocou a questão em tribunal, percebeu-se que Rossel estava em apuros, e ontem tomou voluntariamente a decisão de se demitir, passando a pasta ao seu actual vice.
Se Rossel cometeu ou não um crime, se verá no processo que se irá seguir, mas do ponto de vista desportivo, o caso é mais um que cheira a esturro, e que demonstra que os negócios de transferências têm de ser mais transparentes, para que não existam alçapões escondidos por onde circula muito dinheiro duvidoso.
Aliás, a FIFA já ontem declarou que pondera introduzir novas regras nas transferências, obrigando todo o dinheiro de qualquer negócio a ser depositado primeiro numa instituição bancária, para melhor ser controlado.
É uma das muitas hipóteses que se podem discutir, tal como a intervenção de empresas de terceiros, que não sejam clubes, nestes negócios.
As chamadas TPO (Third Parties Others), que são empresas cujos titulares muitas vezes não são conhecidos, intervêm muito, sobretudo na América Latina e na Europa do Sul, e a FIFA já avisou que provavelmente as vai proibir.
É evidente que, casos como o de Neymar, não dão saúde nenhuma ao fabuloso mercado de transferências, mas também é preciso ter cuidado para não matar o negócio.
Transparência precisa-se, mas com bom senso, pois o futebol não seria o mesmo sem as fabulosas transações que se conseguem fazer.
Saiu ontem o relatório da Deloitte que lista os maiores clubes do mundo em termos de receitas geradas e, como já se esperava, o clube português que mais receitas gera, o Benfica, caiu do 22º para o 26º lugar.
É importante dizer que, neste relatório da Deloitte, só são consideradas as receitas de bilheteira, as receitas televisivas e as receitas comerciais (sponsors, merchandising, corporate, etc) não sendo por isso incluídas as receitas com transferências de jogadores.
O Benfica, mas especialmente o FC Porto, são muito fortes nesta receita, mas isso não é contabilizado neste relatório, o que leva os clubes portugueses a terem dificuldade de competir com os clubes das ligas mais fortes (ingleses, alemães, espanhóis, italianos e franceses), bem como com os clubes turcos e mesmo brasileiros (o Corinthians ultrapassou este ano o Benfica).
No topo da lista, continuam Real Madrid e Barcelona, que geram receitas de 518,9 e 482,6 milhões de euros, suportadas sobretudo nos fantásticos direitos televisivos e nos patrocínios que geram.
Em terceiro lugar, vem o Bayern de Munich, que destronou o Manchester United da terceira posição. Depois de uma fantástica época desportiva, os alemães chegam aos 431,2 milhões de euros, enquanto o clube inglês se fica pelos 423,8 milhões.
Em quinto lugar, em grande ascensão, aparece o Paris Saint Germain, onde os milionários do Qatar têm investido muito e gerado fantásticas receitas, que chegam aos 398,8 milhões de euros.
De seguida, um clube inglês que está em alta, e dois clubes ingleses que perderam posições. O Manchester City, sobe para 6º lugar, com 316,2 milhões; o Chelsea cai para sétimo com 303,4 milhões; e o Arsenal tomba para oitavo, com 284,3 milhões de euros.
Em nono e décimo aparecem os dois primeiros clubes italianos: a Juventus, com 272,4 milhões, e o AC Milan, com 263,5 milhões.
Depois dos dez primeiros aparecem Dortmund, Liverpool, Shalke, Tottenham, e Inter, sendo que este último caiu 4 posições no ranking!
Depois, a surpresa: o 16º classificado é o Galatasaray, que ano passado estava em 29º! Os clubes turcos são os que mais sobem este ano, pois o Fenerbahçe também trepa até ao 18 lugar.
No meio dos turcos está o Hamburgo, que também sobe, e logo atrás estão a Roma e o Atlético de Madrid, que fecham o top 20.
Quem saiu dos 20 mais foram o Nápoles, o Newcastle, o Marselha e o Lyon, que caíram todos muito nas suas receitas.
E, para o ano, a Deloitte avisa que os ingleses vão subir muito, pois há novos contratos televisivos na Premier League.
É muito provável que, mesmo com a Benfica TV, o clube da Luz não consiga acompanhar a pedalada, e saia fora dos 30 primeiros.
Portugal é um país muito mais pequeno que os outros, e ainda por cima com a crise económica que por cá vai, e com a penúria que os nossos clubes ganham em direitos televisivos, temos poucas hipóteses.
Exportar jogadores é uma fatalidade para os nossos clubes.
Terminada a fase de grupos das competições europeias, tanto na Champions como na Liga Europa, no ranking da UEFA o Benfica está neste momento em 7º lugar, e o FC Porto está em 10º lugar.
Mesmo sabendo que a ambos os clubes - FC Porto e Benfica - esta fase não correu bem, tendo ambos descido para a Liga Europa, a verdade é que o Benfica somou 10 pontos na fase de grupos, enquanto o FC Porto só somou cinco, e por isso a variação de ambos no ranking foi em sentido inverso.
O Benfica subiu de 9º para 7º, e o FC Porto desceu de 8º para 11º.
Confira aqui o ranking dos 10 mais da UEFA em Dezembro de 2013:
1º Barcelona, 149685
2º Bayern de Munique, 145899
3º Real Madrid, 144685
4º Chelsea, 132464
5º Manchester United, 124464
6º Arsenal, 111464
7º Benfica, 110593
8º Atlético de Madrid, 104685
9º Valência, 100685
10º AC Milan, 97621 pontos
11º FC Porto, 96593
A título de curiosidades, diga-se que na fase de grupos da Champions, o FC Porto foi afastado por um clube que está abaixo dele no ranking da UEFA, o Zenit, que é o 20º.
Já o Benfica foi afastado por 2 clubes que estão abaixo, o Paris Saint Germain, que é o 17º do ranking, e o Olympiakos, que está em 26º lugar.
É igualmente importante notar que os próximos adversários de Benfica e FC Porto na Liga Europa, PAOK e Eintracht de Frankfurt, não estão nos primeiros 50 lugares do ranking da UEFA.
O Paok está em 58º lugar, e o Eintracht de Frankfurt está em 78º!
Por fim, vale a pena lembrar que o Sporting, apesar de não ter participado este ano nas competições europeias, continua nos 50 primeiros, em 31º lugar, ainda assim à frente do Braga, que é o 38º.
Finalmente, Cristiano Ronaldo conseguiu o que desejava, ser o futebolista mais bem pago do mundo!
Irá ganhar cerca de 17 milhões de euros por ano, incluindo o vencimento, os bónus e contratos de imagem associados ao Real Madrid.
A renovação do contrato com o Real Madrid, não sendo uma surpresa, vem colocar um ponto final na especulação que começara há cerca de um ano, quando Cristiano se revelara "triste", alegamente porque se sentia mal pago.
Em finais de 2012, havia um fundo de razão no que ele dizia, especialmente se comparássemos o seu salário com o dos jogadores que, naquela altura, eram os mais bem pagos do mundo.
Há um ano, a lista era encabeçada por Eto´o, a quem o Anzhi pagava 20 milhões de euros para jogar nos confins da Rússia.
Depois, vinham Ibrahimovic, do PSG, que levava para casa 14,5 milhões por ano; Rooney, que no United recebia 13,5 milhões; Yaya Touré, do City, com 13,5 milhões e, do mesmo City, Kun Aguero, que recebia 12,5 milhões.
O que espantava na lista dos 10 mais bem pagos, é que aqueles que todos reconheciam como os dois melhores do mundo, Messi e Ronaldo, estavam apenas na 9ª e 10ª posição, Messi ganhava 10,5 milhões, e Ronaldo 10 milhões.
A "tristeza" de Ronaldo tinha razão de ser, pois ele merecia mais, tal como Messi.
Contudo, este ano muita coisa mudou na lista dos 10 mais bem pagos.
Eto´o desapareceu da lista, com a decomposição da equipa do Anzhi; Neymar e Falcão subiram a grande velocidade, entrando no "top ten", bem como Cavani; os três com melhorias salariais fantásticas, graças às transferências em que estiveram envolvidos.
Por fim, e mais relevante ainda, tanto Messi como Ronaldo renegociaram os seus salários com Barcelona e Real Madrid e subiram finalmente para o topo da lista.
As revelações de "tristeza" pela parte de Ronaldo, bem como as declarações onde ele dizia que "gostava de acabar a carreira no Manchester United", foram pois parte integrante da sua "estratégia de renegociação" do contrato com o Real.
Uma estratégia que foi eficaz e inteligente, e que conduziu a um resultado justo, pois o jogador consegue resultados fantásticos, nomeadamente em golos, que só Messi consegue superar.
Estarem os dois no topo da lista é uma situação mais "normal", ao contrário da anomalia que existia o ano passado.
E quem está então na lista dos 10 mais bem pagos do mundo?
Com a informação que consegui obter, em vários sites e na imprensa desportiva, eis os 10 salários mais elevados neste momento:
1º Cristiano Ronaldo, Real Madrid, 17 milhões de euros
2º Leonel Messi, Barcelona, 16 milhões de euros
3º Neymar, Barcelona, 15 milhões de euros*
4º Ibrahimovic, Paris Saint-German, 14,5 milhões de euros
5º Falcão, Monaco, 14 milhões de euros
6º Rooney, Manchester United, 13,5 milhões de euros
7º Yaya Touré, Manchester City, 13 milhões de euros
8º Kun Aguero, Manchester City, 12,5 milhões de euros
9º Torres, Chelsea, 10,8 milhões de euros
10º Cavani, Paris Saint-German, 10 milhões de euros
* Oficialmente, Neymar apenas ganha 7 milhões de euros por ano, no entanto existe um contrato paralelo, assinado entre o pai de Neymar e o clube da Catalunha, com pagamentos no valor de 40 milhões de euros ao longo de cinco anos, e que no fundo é um salário pago a Neymar por outras vias, o que aumenta o seu salário anual em cerca de 8 milhões de euros, e sobe o total para 15 milhões.
Nos últimos dias, vários jornais económicos e desportivos noticiaram o fantástico acordo de patrocínio das camisolas do Barça.
O patrocinador, a Qatar Airways, é o primeira marca comercial a aparecer estampada nas camisolas do clube, e o valor do contrato é excelente.
São cerca de 30 milhões de euros no primeiro ano, mais 5 milhões dependendo da carreira na Champions, e ao terceiro ano, o último do contrato, o valor poderá chegar mesmo a 33+5 milhões.
Para quem nunca vendera a camisola a marcas, o Barcelona fez-se pagar caro.
Mas, há anos que o Barça vinha quebrando o tabu devagarinho.
Primeiro com a Unicef, e depois, nas duas últimas épocas, com a Qatar Foundation, que é nem mais nem menos que a dona da...Qatar Airways.
Foi pois uma transição serena, e agora já não há nenhum clube de futebol no mundo (dos grandes, obviamente) que não tenha patrocinador nas camisolas.
No entanto, quem pense que este é o maior patrocínio de sempre, está enganado.
Acima do Barça existem pelo menos dois clubes: o Bayern de Munique e o Manchester United.
Quanto aos alemães, o patrocínio da Deutsche Telekom está avalidado em 40 milhões de euros por ano, e esta época ainda é o maior do mundo.
Aliás, o Bayern é o clube europeu que mais factura com patrocinadores, cerca de 200 milhões de euros por ano.
No grupo dos sponsors, além da Deutsche Telekom, estão a Audi, a Adidas, a Samsung, a cerveja Paulaner e a Allianz, que dá o nome ao estádio de Munique.
Mas, o reinado do Bayern só vai durar mais um ano, pois já foi anunciado um novo contrato de patrocínio milionário entre o Manchester United e a Chevrolet, que no entanto só entrará em vigor em 2014/2015.
O valor total do patrocínio será de 559 milhões de euros a dividir por sete temporadas, o que dá um número anual de cerca de 79 milhões de euros, para a Chevrolet aparecer nas camisolas do United.
Assim sendo, é possível fazer um ranking dos maiores patrocínios de camisolas do futebol europeu, já levando em conta o contrato anunciado pelos "red devils".
1 - Manchester United, Chevrolet, 79 milhões por ano (só a partir de 2014/2015).
2 - Bayern Munique, Deutsche Telekom, 40 milhões
3 - Barcelona, Qatar Airways, 35 milhões
4 - Manchester City, Ethiad Airways, 31 milhões
5 - Liverpool, Standard Chartered, 31 milhões
6 - Real Madrid, Emirates, 25 milhões
7 - Chelsea, Samsung, 21 milhões
8 - Borussia Dortmund, Evonik, 20 milhões
9 - AC Milan, Emirates, 16 milhões
10 - Schalke, Gazprom, 15 milhões
Estes números são retirados dos relatórios da Deloitte e da Brand Finance, e mostram como os patrocínios se tornaram com o tempo como uma das maiores fontes de receitas dos clubes.
Embora estes valores se refiram apenas aos patrocínios na parte da frente das camisolas, há muitos outros patrocinadores, seja nos interior dos estádios, nos centros de estágio, no naming, nos equipamentos principais e alternativos, e também nas televisões de alguns clubes.
Como já disse, na Europa é o Bayern que mais factura em patrocínos, e os seus 200 milhões de euros anuais nesse tipo de receitas ultrapassam o valor das receitas das bilheteiras e dos direitos televisivos.
E quanto a Portugal, onde estamos?
Na época de 2011/2012, o Benfica foi o que mais facturou em patrocínios, 17 milhões de euros.
E, na última temporada, o valor reportado no relatório do 3º trimestre, apontava para uma ligeira quebra, prevendo-se que o valor anual andasse pelos 16 milhões.
Para esta temporada, o clube não divulgou o valor do patrocínio da MEO, provavelmente porque o contrato engloba mais coisas, como a partilha de receitas da Benfica tv.
Quanto ao FC Porto, o valor da publicidade e patrocínios foi de 13,2 milhões de euros na época de 2011/2012, prevendo-se no terceiro trimestre de 2012/2013 também uma ligeira quebra, que aponta para um valor anual abaixo dos 13 milhões.
Por fim, no Sporting, em 2011/2012, valor foi de 7,7 milhões de euros, e para 2012/2013 a previsão no terceiro trimestre apontava também para uma quebra, devendo o valor final ficar abaixo do 7 milhões.
Embora seja óbvio que o mercado português é mais pobre que os outros, julgo que os patrocínios em Portugal estão um bocado abaixo do seu potencial.
É uma área onde são precisas mais e melhores ideias, para as marcas e para os clubes.